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Somente um adeus

Todos caminham para a partida. Tudo o que respira, alimenta-se, reproduz-se, ama, odeia, sorri ou chora, não permanecerá “vivo” para a eternidade. Entretanto, alguns partem para sempre e continuam com vida em qualquer outro lugar, inclusive, nos pensamentos e memórias daqueles que ainda estão por aqui.

Abaixo, este é meu poema para quem ficou pelo caminho.

Somente um adeus

Não há nada que se possa dizer,
Nada que se possa expressar,
Nada que se possa fazer,
Que te fará de um jeito voltar.

Dúvidas permanecem.
Perguntas ao vento…
Cada vez mais estremecem,
Abalam meu raciocínio sedento.

Por que havemos de partir?
Viagem sem retorno,
Não há como resistir,
Inevitável e triste abandono.

E perdoe-me por não desistir
Buscando te acompanhar,
É o tempo quem vai definir
O momento de te reencontrar.

Ainda resta o desejo
Desse errante sujeito singelo
De mais um colo, teu último bafejo…
O amor manterá nosso elo.

Meu emotivo espírito anelo…
Cobiça te ouvir outra vez.
Espírito e razão em duelo…
Travestido de lucidez.

Inspirado na morte da gatinha Preta.

Preta
Somente um adeus
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