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O vento que te lembra

Este é um soneto, do tipo livre ou irregular, que escrevi em algum momento do ano de 2014. Naquele dia, eu observei o vento balançando a cortina e ele me trouxe algumas boas lembranças.

O vento que te lembra

O vento que balança a cortina,
É o mesmo que viaja distâncias.
Preenchido de fragrâncias,
Recorda-me a inquilina,

Moradora das minhas lembranças.
Vento de rapina,
Baila as árvores na colina.
Furtou-me a bonança…

Em minh’alma, minha sina,
Tremula flores com elegância,
Agrada-me essa rotina,

De lembrar-te em abundância.
Brisa outonal repentina,
Nostálgica ausência da substância.

Créditos

A imagem do post é derivada de Photo by Nothing Ahead: https://www.pexels.com/photo/grayscale-photography-of-open-window-3233019/

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