Pular para o conteúdo

Alguns sonhos acabam em nada

Feliz enquanto não lembro
Quanto amor ainda guardo.
Latente e quieto.
Triste pelo pouco espaço,
Espaço que ainda resta
Entre o agora e o mais tarde,
O derradeiro fim de festa.

Feliz enquanto te esqueço,
Embora o amor que habita em mim
Ainda pareça ter vida
Em meu coração miúdo,
Batendo a cada segundo,
Sonhando como adolescente,
Inventando nosso mundo.

Estou enganado, é apenas o meu.
Tens o teu, evidente.
Sem mim, segues tua vida adiante,
Além dos meus sentidos,
Às vezes, penso que estás morta.
Mas te vejo a cada instante,
Em retratos opacos,
Da minha memória inconstante.

Ao olhar para o céu,
Feliz pela lua que vejo,
É a mesma que teus olhos contemplam.
Ora, a vida é cheia de voltas…
Quando uma delas fará,
Meu olhar alcançar o teu rosto,
Encurtando o espaço que há,
Trazendo-me teu beijo e teu gosto?

Muitos sonhos se acabam em nada,
Mas ainda posso sonhar
Com qualquer condição possível
Que te traga pra perto de mim,
Sem memórias das coisas ruins,
Apenas saborear o momento,
Como se fôssemos os únicos no mundo,
Ignorando o início e o fim.

Porém, como já disse,
Não passo de um sonhador
Escrevendo sobre saudade.
Para muitos apenas tolice,
Alguns outros percebem delírio,
Expressões do prazer e da dor.
Digo, são sonhos e devaneios,
Ilusória e vívida crendice,
De um romântico que ainda te quer,
Em seus braços, longínquo amor.

Alguns sonhos acabam em nada

Créditos

Imagem de fundo derivada de Photo by Mariana Montrazi from Pexels
Muito obrigado @mariana.montrazi
Poema e arte por @dahnrick

Compartilhar

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *